Um amor é para a vida toda, certa vez me disseram isso e eu incrédulo, não prestei a devida atenção. Engraçado e triste, antes tivesse me atentado a esse fato porque realmente a saudade, que outrora era uma estranha, hoje se apresenta vestida de vermelho e verde, tem resistência tênue e é encorpada como os vinhos que só minha amada produz.
Por alguns segundos flagro minha concentração tentando fugir dos meus pensamentos, agarro-a com as duas mãos e com um esforço imenso retomo meu estado de espírito, ocupo novamente meu lugar no espaço e espanto a saudade como alguém que coloca o cão para fora do quarto, sabendo que é necessário, mas com o coração em pedaços.
É clichê falar em saudade, tudo parece tão vulgar e brega.
Como a releitura de um bolero dos anos trinta.
Mas de ti sinto é saudade, e mesmo sendo tão démodé,
O amor que sinto por você, não permite que eu minta.
Tu és minha namorada de meia idade, me ensinaste muito mais do que imaginei saber em toda minha vida, cada parte de ti tem uma história, um sentido, um fundamento... Nada é em vão, nada é por acaso.
Quisera eu parar o tempo, andando por suas ruas, sentindo sob meus pés a desigualdade de um chão de pedras.
Gostaria de descrever teus traços, tentar explicar como é para quem jamais a conheceu. Mas um dia, eu escrevo tua beleza em prosa e verso, quem sabe em meu próximo acesso?!!!!?
A intenção desse blog é ser uma mistura de temperos filosóficos, de cores imaginarias, culinária de poesias. Sentir a cor, tocar o ar, buscar no impossível o finito de algo que é infinito. Vomitar, demonstrar sua inquietude com o absurdo, indignar-se com as atitudes dos políticos. Embriagar-se de cultura, admirar-se com a imparcialidade e suspensão de juízos. Ter direito de dizer tudo que está na sua cabeça, sem medo de preconceitos.
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quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
mil novecentos e noventa e nove
Venha buscar o que é teu.
O que é meu eu já não sei se acho.
O que é nosso?
Sua vida, seu mundo, seu espaço.
Todos os anos em certa data eu compro um bolo.
Acendo velas bem bonitas com laços e anáguas.
Guirlandas, chocolate, mel e morango.
Todo ano comemoro nosso primeiro beijo,
Primeiro e único de vários que não vieram.
E não virão.
Meia taça de vinho a mais não me fará mal,
Ao menos imagino que não.
Quero esquentar as mãos, para me lembrar
Do calor que elas sentiam ao percorrer seu corpo
Para lembrar as vezes que ela secou as lágrimas
Que percorriam teu rosto
Ainda busco um sorriso que me lembre o seu,
Às vezes vejo na televisão, são os poucos filmes
Que assisto até o final, e choro...
Em lágrimas canto meu pranto,
Em um canto seu cachecol.
Se você voltasse...
O que é meu eu já não sei se acho.
O que é nosso?
Sua vida, seu mundo, seu espaço.
Todos os anos em certa data eu compro um bolo.
Acendo velas bem bonitas com laços e anáguas.
Guirlandas, chocolate, mel e morango.
Todo ano comemoro nosso primeiro beijo,
Primeiro e único de vários que não vieram.
E não virão.
Meia taça de vinho a mais não me fará mal,
Ao menos imagino que não.
Quero esquentar as mãos, para me lembrar
Do calor que elas sentiam ao percorrer seu corpo
Para lembrar as vezes que ela secou as lágrimas
Que percorriam teu rosto
Ainda busco um sorriso que me lembre o seu,
Às vezes vejo na televisão, são os poucos filmes
Que assisto até o final, e choro...
Em lágrimas canto meu pranto,
Em um canto seu cachecol.
Se você voltasse...
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