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quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Minha Cidade

Um amor é para a vida toda, certa vez me disseram isso e eu incrédulo, não prestei a devida atenção. Engraçado e triste, antes tivesse me atentado a esse fato porque realmente a saudade, que outrora era uma estranha, hoje se apresenta vestida de vermelho e verde, tem resistência tênue e é encorpada como os vinhos que só minha amada produz.
Por alguns segundos flagro minha concentração tentando fugir dos meus pensamentos, agarro-a com as duas mãos e com um esforço imenso retomo meu estado de espírito, ocupo novamente meu lugar no espaço e espanto a saudade como alguém que coloca o cão para fora do quarto, sabendo que é necessário, mas com o coração em pedaços.


É clichê falar em saudade, tudo parece tão vulgar e brega.
Como a releitura de um bolero dos anos trinta.
Mas de ti sinto é saudade, e mesmo sendo tão démodé,
O amor que sinto por você, não permite que eu minta.

Tu és minha namorada de meia idade, me ensinaste muito mais do que imaginei saber em toda minha vida, cada parte de ti tem uma história, um sentido, um fundamento... Nada é em vão, nada é por acaso.
Quisera eu parar o tempo, andando por suas ruas, sentindo sob meus pés a desigualdade de um chão de pedras.
Gostaria de descrever teus traços, tentar explicar como é para quem jamais a conheceu. Mas um dia, eu escrevo tua beleza em prosa e verso, quem sabe em meu próximo acesso?!!!!?

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