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domingo, 23 de novembro de 2008

Faculdade de Filosofia

Espero que neste breve texto eu consiga relacionar alguns dos motivos pelos quais fui influenciado a cursar a Faculdade de Filosofia.
A princípio quero deixar claro como eu fico extremamente incomodado ao ver a reação das pessoas quando eu lhes falo sobre o meu curso, a primeira delas é o espanto acompanhado da seguinte frase:
“Você é louco.”
Pois bem, talvez o seja, se for considerado loucura a curiosidade. A mesma curiosidade que uma criança tem quando, ao ver uma outra criança passando fome, pergunta aos pais o motivo pelo qual “Papai do céu” permite que isso aconteça, essa pergunta não tem resposta, porém a criança se acostuma com a ausência e simplesmente cresce e para de perguntar.
Talvez eu seja maluco em não aceitar respostas prontas e totalmente contraditórias, talvez eu não consiga realmente me convencer que se a minha mãe me diz para não fazer “xixi” na rua e eu faço, ela vai me expulsar de casa, amaldiçoar a mim e aos meus descendentes e obrigar-nos a passar nossas vidas em um eterno conflito de amor e medo, adorando e implorando piedade em busca de um dia podermos voltar a conviver com ela de novo no aconchego do lar “paraíso” do qual fomos expulsos.
Será loucura olhar no espelho e tentar entender como um ser tão imperfeito, limitado e finito quanto eu pode ter sido criado a IMAGEM E SEMELHANÇA de um ser perfeito, ilimitado e infinito. Qual a semelhança nisso???????????
Eu não considero loucura questionar as leis da física, não consigo entender como “massa atrai massa” se não temos a menor ideia do que seja “massa”. A própria ideia não tem definição, é uma coisa que não conseguimos conceber. Alguém pode me dizer qual a concepção ontológica da mesma, qual a cor da ideia? Qual o tamanho da ideia? Qual o cheiro, o gosto, o peso da ideia? Seria a ideia massa? Neste caso “ideia atrai ideia.”???
Loucura é simplesmente aceitar sem questionar, loucura mesmo é acreditar que pesquisas com células tronco é pecado, sentir é pecado. Você não pode sentir. A inveja é um sentimento involuntário de um ser imperfeito, assim com a luxúria o ódio. Certo então comer além da satisfação do nosso corpo é pecado, e o que me dizem de exaltar e impor a humildade enquanto se come com talheres de ouro, em um palácio gigantesco muito além das necessidades humanas, dormindo em colchões caríssimos com roupas de seda servido por milhares de servos?
Talvez eu seja mesmo louco por não acreditar que a única maneira de ser realmente feliz é consumindo, talvez eu não seja normal porque eu acredito na força do nosso corpo além do que possamos imaginar, ou porque eu simplesmente acredito que não estamos sozinhos no universo, talvez eu nem acredite no universo.
A minha loucura esta em não me satisfazer com a felicidade vendida nos intervalos comerciais, não deixar de lado um amor para cuidar da minha carreira do meu FUTURO, porque o futuro não existe, o TEMPO como a ideia não pode ser concebido apenas acolhido.
Sim eu sou louco, porque eu acredito que somos mais e melhores, acredito que evolução tecnológica é uma revolução do ser em si, acredito que nosso corpo é feito de possibilidades ilimitadas e que a cada passo de evolução nosso cérebro torna-se obsoleto, como uma mata nativa desmatada aos poucos, dando lugar ao desenvolvimento, SIM EU ACREDITO QUE SOMOS UMA FLORESTA e que em nossas plantas interiores estão o principio ativo de todos os remédios, porém devastamos essa mata para podermos industrializar os remédios que temos de graça para que o capitalismo se fortaleça.
Talvez eu seja louco por simplesmente não acordar pela manhã, fazer a barba e correr para não perder o ônibus. Isso porque no caminho entre a minha cama e o banheiro existe o infinito, e eu mesmo sem muitas esperanças quero saber o que ele é, como ele existe, como eu me encaixo nisso tudo, por que estou aqui, o que é o aqui.
Finalizando, ao menos por enquanto, antes de me colocarem o rótulo de louco porque faço filosofia tentem pensar em suas vidas medíocres, dominadas por um sistema capitalista cruel que te obriga a ter mais que o seu semelhante para sentir-se feliz. Pense em como você aceita respostas prontas e contraditórias pelo simples fato de sentir PREGUIÇA de pensar, de ler um texto por ser extenso demais.
Talvez você nem tenha chego a esse parágrafo do texto........rs.......
Bem de qualquer maneira, mesmo os que leram até o final, irão voltar para suas vidas, ouvir suas músicas sertanejas, comer seu arroz e feijão, balançar a Bunda ao som de uma batida qualquer e acreditar que vai ser salvo um dia se for à missa todos os domingos. (Mas pela manhã, porque a tarde tem futebol).

ps . (Desculpem os erros de português, são cinco horas da manhã de uma segunda feira).

domingo, 16 de novembro de 2008

Momento

Uma flauta solitária sonha ser orquestra.
Jamais será.

Adormeci pensando em você, não sei por quanto tempo pensei.
Nem sei se ainda devo pensar.
Mas essa noite ao menos, não sonhei.
Ou sonhei e prefiro não lembrar.

Não é o momento.
O momento já passou.
O momento não virá.
O sentimento não conta.
O tempo?!?
O sentir, sentirá?

Odeio frases clichês,
Dessas que falam de um coração nobre.
Sofrendo por “amor”.
Meu coração é vagabundo.
Vazio e imundo.
Burro demais, se apega se enche se esvai.
E vai.
Levando.
Sonhando.
Sonhando ser orquestra que jamais será.

Meu coração é um bar.
E em sua porta há sempre um mendigo moço,
Esmolando paixões.
Que jamais terá.

Tua ausência já não é nada.
O nada me toma a alma.
Não me acalma, nem consola.
Nada é vazio.
Meu coração é vazio.
Vádio.
Sonha ser nobre.
Jamais será.

És um anjo perfeito.
Atrevo-me, apareço.
Sou ignorado, desapareço.
Não faz diferença, já que não faço falta.
E não me faz falta tua indiferença.
Não me agrada, nem desagrada.
Nada.

Um dia você vai voltar.
Sonhando ser minha.
Jamais será.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Acaso

Que lagrimas são essas?
De onde vieram?
Por que insistem em cair?

Um sentimento precisa de oxigênio.
Vou sufocá-lo.
Talvez o arranque de dentro de mim
Com minhas próprias mãos.
Talvez não.

Bom, seja o que for é passado.
Sentimento superado.
Conforto para o coração.
Ou não.

Triste fim para algo;
Sem início.
Aparente olhar de tristeza.
Sem estrelas, luz acesa.

Não faz diferença.
As lagrimas se secarão.
e os sentimentos.......
Estes passarão.

sábado, 8 de novembro de 2008

ENADE

Estou abrindo um espaço neste blog para publicar uma nota de manifesto feita pelos alunos da Unesp - Campus de Marília, porque acho importante que as pessoas saibam que somos obrigados a fazer a prova sem saber exatamente o que ela é
e o que não concordamos nisso tudo.
O ENADE é um instrumento de avaliação do SINAES que busca comparar as instituições do ensino superior. Os alunos da FFC Unesp – campus Marília/SP do curso de filosofia discordam dessa avaliação, pois não há divulgação dos métodos e critérios adotados, o que acarreta na obscuridade de suas finalidades. Neste contexto, mesmo desconhecendo tais finalidades, os alunos são obrigados a realizá-la.
Tais condições resultam em um rankeamento dos cursos e de suas instituições, o qual não condiz com a realidade, gerando uma falsa impressão das condições dos mesmos. Diante disso, os alunos propõem uma discussão para uma reestruturação participativa e não autoritária dos instrumentos de avaliação.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Notas de um observador:

Existem milhões de insetos almáticos.
Alguns rastejam, outros poucos correm.
A maioria prefere não se mexer.
Grandes e pequenos.
Redondos e triangulares,
de qualquer forma são todos quadrados.
Ovários, oriundos de variadas raízes radicais.
Ramificações da célula rainha.
Desprovidos de asas,
não voam nem nadam.
Possuem vida, mas não sabem.
Duvidam do corpo,
queimam seus filmes e suas floras.
Para eles, tudo é capaz de ser impossível.
Alimentam-se de nós, nossa paz e ciência.
Regurgitam assuntos e sintomas.
Avoam e bebericam sobre as fezes.
Descansam sobre a carniça,
repousam-se no lodo,
lactobacilos vomitados sonhando espermatozóides que não são.
Assim são os insetos interiores.

A futilidade encarrega-se de maestra-los.
São inóspitos, nocivos, poluentes.
Abusam da própria miséria intelectual,
das mazelas vizinhas, do câncer e da raiva alheia.
O veneno se refugia no espelho do armário.
Antes do sono, o beijo de boa noite.
Antes da insônia, a benção.

Arriscam a partilha do tecido que nunca se dissipa.
A família.
São soníferos, chagas sem curas.
Não reproduzem, são inférteis, infiéis, in(f)vertebrados.
Arrancam as cabeças de suas fêmeas,
Cortam os troncos,
Urinam nos rios e nas somas dos desagravos, greves e desapegos.
Esquecem-se de si.
Pontuam-se

A cria que se crie, a dona que se dane.
Os insetos interiores proliferam-se assim:
Na morte e na merda.

Seus sintomas?
Um calor gélido e ansiado na boca do estômago.
Uma sensação de: o que é mesmo que se passa?
Um certo estado de humilhação conformada o que parece bem vindo e quisto.
É mais fácil aturar a tristeza generalizada
Que romper com as correntes de preguiça e mal dizer.
Silenciam-se no holocausto da subserviência
O organismo não se anima mais.
E assim, animais ou menos assim,
Descompromissados com o próprio rumo.
Desprovidos de caráter e coragem,
Desatentos ao próprio tesouro...caem.
Desacordam todos os dias,
não mensuram suas perdas e imposturas.
Não almejam, não alma, já não mais amor.
Assim são os insetos interiores.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

?

Atraso, greve, assalto, assunto.
Papeis, livro, prazo, entrega.

Prosa, verso, poesia?
Liberdade, felicidade, alegria?

Corra.
Ou o relógio te pega.
Te pega.......
Corra, ou morra.

Feliz?

A simplicidade da arte
escrita em prosa e verso
diante do seu nariz.

Nos edifícios que arranham o céu,
Nas cores que haviam no céu....
Existiam cores lá?

Cinza.
O céu agora é cinza.
Ele já foi azul?
Não pense,
Corra.....Olha o prazo de entrega,
Corra.....
Ou o relógio te pega.

Metrô, metro, robô.
Centímetros,
Quilômetros de congestionamento.
Corte a fila, passe a perna, engane, minta.
Mas não SINTA.

Teu filho corre na rua?
Joga bola descalço?
Ou vive trancafiado
Nessa floresta de concreto e aço?

Não.
Não pense.
Corra.

Fruta do pé.
Cheiro de café.
Mato, capim verde.
Sabe como é?

Cheiro de chuva,
Pega-pega na rua.
Corra já é tarde.
Você passou da idade.
Teu filho não.

Degrau, escada elevador.
Porta, feche a porta.
Ou a dor será imensa.
Imensa dor.

Mas não.
Não pense.
Corra.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

A vida.......

A vida não tem graça, não tem cor nem som.
As cores da vida são as que pintamos e os sons os que inventamos.
Acho graça quando funciona afinal nem todos têm essa capacidade.
Quando paro pra pensar em nós, vejo como colorimos a vida com facilidade, na verdade, nós é maneira de dizer, porque, nós simplesmente não existimos.
Mesmo assim nos inventamos, nos decidimos e nos descobrimos a cada dia, mesmo sem existirmos.
Não nos pertencemos, não nos desejamos, não cobramos nem confiamos, não sabemos nem queremos saber, simplesmente somos.....Fora do comum, fora do natural, do normal, somos e a nossa maneira na medida exata desejamos, confiamos e sabemos.
Não sentimos perfume, não tocamos, não nos beijamos nem queremos e às vezes é tudo o que queremos, (ou não).
Essa confusão atrapalha, bagunça, acalma e fortalece.
Não sinto sua falta, mas quando ela vem me acalma, não sinto falta do seu perfume mas quando o sinto sonho.
Quer saber? É tudo tão nada que me confunde e ao mesmo tempo é tudo tão tudo que me fortalece.
Não tem explicação, apenas sei que adoro as cores que pintamos a vida e os sons que criamos pra ela..
Bejos.........adoro.......incondicional

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

"MODA DO CORAJOSO

"Pessoas, não costumo colocar nesse espaço palavras que não são minhas, mas esse poema de Mário de Andrade faz bem aos olhos, a mente e a alma........deliciem-se"


Maria dos meus pecados...
Maria, viola de amor...
Já sei que não tem propósito
Gostar de donas casadas,
Mas quem que pode com o peito!
Amar não é desrespeito,
Meu amor terá seu fim.
Maria há-de ter um fim.

Quem sofre sou eu, que importa
Pros outros meu sofrimentos?
Já estou curando a ferida.
Se dando tempo pro tempo
Toda paixão é esquecida.
Maria será esquecida.

Que bonita que ela é!... Não
Me esqueço dela um momento!
Porém não dou cinco meses,
Acabarão as fraquezas
E a paixão será arquivada.
Maria será arquivada.

Por enquanto isso é impossível.
O meu corpo encasquetou
De não gostar sinão duma...
Pois, pra não fazer feiúra,
Meu espírito sublima
O fogo devorador.
Faz da paixão uma prima,
Faz do desejo um bordão,
E encabulado ponteia
A malvadeza do amor.

Maria, viola de amor!...

domingo, 19 de outubro de 2008

Giz

Pessoas.

Se eu tivesse que escolher uma trilha sonora para minha vida, em outros tempos mais remotos estaria confuso entre várias......Oceano (Djavan), Por tudo que for (Lobão), 3 x 4 (Engenheiros).

Mas hoje, feliz.......com meu coração em paz........sentindo saudade...........

Essa é a trilha sonora da minha vida. (sempre foi)

E mesmo sem te ver
Acho até que estou indo bem
Só apareço, por assim dizer
Quando convém aparecer
Ou quando quero
Quando quero
Desenho toda a calçada
Acaba o giz, tem tijolo de construção
Eu rabisco o sol que a chuva apagou
Quero que saibas que me lembro
Queria até que pudesses me ver
És parte ainda do que me faz forte
E, pra ser honesto,Só um pouquinho infeliz
Mas tudo bemTudo bem, tudo bem... (2x)
Lá vem, lá vem, lá vem
De novo:Acho que estou gostando de alguém
E é de ti que não me esquecerei
(Quando quero....Quando quero...Quando quero...
Eu rabisco o sol que a chuva apagou...
Acho que estou gostando de alguém...)

sábado, 18 de outubro de 2008

...........

Como eu sei que você vai ler...........quero falar novamente.....

ADORO VC..........

Incondicionalmente.

Saudade

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Pessoas

Tenho recebido algumas mensagens e e-mails contendo queixas sobre a falta de poesia neste espaço.
Bem. Sinto informar-lhes (ou não), mas a melancolia, a tristeza e insegurança são companheiras inseparáveis de um poeta. Neste exato momento não as sinto, estou muito feliz, talvez mais feliz do que já fui em toda a minha vida.

Eu escrevo com a alma, e hoje escreveria facilmente uma comédia romântica.

Algo sobre a sinestesia de duas almas, a energia sem limites de distância.
Talvez pudesse escrever sobre o acaso, sobre como o destino nos apresenta soluções inimagináveis para problemas que nosso limite de ser imperfeito nos impõe.
Escreveria sobre como o tempo é um detalhe.

Escreveria sobre teus olhos, estes que se fixaram nos meus por alguns segundos.
Escreveria sobre como seu cabelo cresceu, como você amadureceu.
Talvez falasse sobre o seu sorriso.
Se eu fechar os olhos posso até desenhá-lo em uma folha branca.

Falaria sobre a combinação explosiva da sua beleza coma sua inteligência.
Falaria sobre “sinceridade” “sensibilidade” “saudade”.
Mas não a saudade “matadeira” que faz o pantaneiro tocar a viola chorando para a lua.
Uma saudade boa de sentir, uma vontade imensa de reencontrar.

Talvez se ainda estivesse triste, e fosse capaz de escrever um belo poema.
Falaria com certeza da falta que senti de você, do quanto eu procurei ser feliz.
Hora apaixonado por uma nuvem passageira, outrora desapontado com a falta de feminilidade, delicadeza e inteligência da mulher “moderna”.

Você é linda, mas falar apenas da sua beleza seria um insulto.
Você que tem um apurado gosto musical, cultural, literário.

Bem, se eu ainda soubesse escrever poemas.
Você seria a fonte inspiradora de todos eles.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Medo

"Primeiro senso é a fuga.
Bom na verdade é o medo,
Dai então a fuga.
Evoca-se na sombra uma inquietude,
Uma alteridade disfarçada
Inquilina de todos nossos risos."

Essa é uma letra de uma musica que se chama "Amadurecência" (na verdade é um poema).

Não se preocupe se as coisas podem não sair como planejamos.
Não se preocupe se pode dar a impressão de você estar me dando esperanças, estas que podem me decepcionar um dia.
Eu sei o perigo que eu corro quando me envolvo, sei também que muitas vezes eu me envolvo sozinho, sou bem grandinho para lhe dar com decepções.......Mas sou jovem ainda para desistir antes de tentar.

Talvez eu escolha me prender a uma esperança, talvez ela seja apenas minha, talvez não.....

Quando você disse que o problema poderia ser o "medo" - O medo não existe, existe a falta de coragem.......assim como a escuridão não existe, existe a falta de luz.

Talvez eu escolha correr o risco, e se não for oque eu estou pensando vou saber superar e vou continuar gostando de você do mesmo jeito.......pq eu sei da distância, a falta de tempo e sei também que seu coração é como qualquer outro, confuso e algumas vezes até burro. (todos são assim).

Mas talvez eu escolha fechar os olhos e mergulhar, e se me afogar posso reanimar meu corpo e lapidar minha alma.

Eu não penso se vou me arrepender, eu penso que sinestesia parte do principio de almas gêmeas, estas não necessáriamente se convertem em algo físico.

Talvez seja apenas uma esperança.............mas talvez eu precise dessa esperança para que meus dias sejam mais alegres.......felizes....

Pensar em você me faz feliz, falar com você me faz feliz.........te ver me faz feliz.

Mas.......... uma coisa é certa o tempo, a distância são simbolos finitos para definir coisas inexplicaveis........

A alma, a energia......( o acaso) estes fazem sua parte, as limitações são imposições humanas, imposições de seres imperfeitos que nem sabem oque são realmente.

Existe algo maior...............e existe em nós..........somos previlegiados.

Bejooooooooooooo

Adoro você!!!!! muito.

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Incondicional



Uma leve brisa sopra com ares de até logo.
Busca explicação no tempo para algo que não pode ser quantificado.
Entre os vãos da velha escadaria de madeira, a brisa ao passar;
Sussurra seu nome.
Penso estar louco, paro respiro um pouco.
Essa brisa que outrora desfez o encanto da aurora,
Agora.
Tenta desfazer a minha paz, o único pouco que me resta.
Sinto saudade, já senti mais.......mas ainda sinto.
Quando vejo um sorriso que me lembra o seu.
Quando outros olhos brilham imitando os seus.
Minha mais linda, melhor amiga, companheira.
Como as rochas esculpidas pelas águas de um belo rio.
Quanto mais o tempo passa, mais lindas suas formações.
Saudade de rir a toa de besteiras jogadas ao vento.
Saudade de sentir você perto.
Nem que seja pra te ver se afastar de novo.

Amo amiga, do fundo do meu coração!

Eu



Eu sinto que sei que sou um tanto BEM MAIOR!!

terça-feira, 23 de setembro de 2008

A poesia prevalece.

A poesia prevalece.
Fogo circulando envolto por cores marcantes, malabarismo, teatro, música e poesia.
Os olhos fixos em movimentos hora lentos outrora frenéticos.
Um pouco mais de música, e um trilhão de poesia.
A magia de um palhaço cantor,
A surpresa de um excelente compositor.
Mil pessoas na mesma sintonia, na mesma vibração.
Impossível tirar os olhos do palco por um só segundo.
As cores, os sons, o cheiro os versos.
Inconfundível e incomparável.

Este foi o show do Teatro Mágico em Marília.
Eu recomendo.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Mario de Andrade - Girassol da Madrugada

...”Eu sei que tu sabes o que eu nem sei se tu sabes,
Em ti se resume a perversa e imaculada correria dos fatos,
És grande por demais para que sejas só felicidade!
és tudo o que eu aceito que me sejas
Só pra que o sono passe, e me acordares
Com a aurora incalculavelmente mansa do sorriso.

Não abandonarei jamais de-noite as tuas carícias,
De-dia não seremos nada e as ambições convulsivas
Nos turbilhonarão com as malícias da poeira
Em que o sol chapeará torvelins uniformes.

E voltarei sempre de-noite às tuas carícias,
E serão búzios e bumbas e tripúdios invisíveis
Porque a Divindade muito naturalmente virá.
Agressiva Ela virá sentar em nosso teto,
E seus monstruosos pés pesarão sobre nossas cabeças,
de-noite, sobre nossas cabeças inutilizadas pelo amor...”

sábado, 13 de setembro de 2008

Hoje eu estava em uma festa em Marília e vi uma mulher linda.
Discreta, de uma beleza natural impressionante, pele clara como a neve, olhar sincero, porém distante, roupa discreta e uma boca extremamente sensual.
Admirava-me o modo com que movimentava os lábios ao ritmo da música, tinha um copo de bebida na mão direita, não soube distinguir ao longe, talvez Vodka ou Rum.
Por algumas dezenas de minutos fiquei ao longe admirando sua beleza, não tive vontade de me aproximar, apenas admirar. Pensei em como seriam seus pensamentos, como seria sua vida, será que já sofrera por amor, será que gostava do que estava ouvindo ou apenas se deixava envolver pelo som contagiante da melodia, a imaginei de óculos, sem óculos, de cabelo preso, barra da calça dobrada, tênis, camiseta e calça jeans.
O tempo foi passando lentamente, as músicas seguiram-se sem interrupção e eu ali parado, olhando, como tenho feito ultimamente, apenas olhando.
Lá pelas tantas algo me surpreendeu, aquela beleza misteriosa e particular como num passe de mágica havia se misturado, como uma massa homogênea era apenas mais uma na multidão. A medida que o som da música se acelerava ela descia até o chão, os homens (alguns embriagados) se aproximavam e aos poucos iam encostando naquele corpo, sem pudor, sem respeito e com total permissão. Uns falavam ao pé do ouvido, outros colocavam a mão na sua cintura, ela ria, soltava gargalhadas embriagadas que se misturavam no ar com o seu ego que transbordava, ela continuava dançando, rindo exageradamente alto e permitindo que aqueles braços passassem por sua cintura, que aquelas mãos colocassem seu cabelo atrás da orelha para ouvir ao pé do ouvido cantadas de desconhecidos.
Entretanto o que mais me impressionou foi o tipo de pessoas que se aproximaram homens bêbados, outros nem tanto, mas todos com uma única intenção, esta desnecessária comentar aqui.
Eu não conhecia aquela pessoa, não sabia e jamais saberei seu nome, porem a noite foi passando e aquela cena foi me incomodando de maneira inexplicável.
Não conseguia entender como tal cena era aceitável, e descobri mais tarde que mais, isso é admirável.
Será que algum daqueles caras imaginava ela de óculos, sem óculos, de cabelo preso, barra da calça dobrada, tênis, camiseta e calça jeans?
Ao longo da noite ela simplesmente escolheu dentre tantos o mais simpático, talvez o que tenha vindo com uma conversa de amigo, talvez o que tenha um sorriso mais bonito, ou os olhos mais claros, (esse critério não consegui definir) e o beijou, beijou intensamente, deixou novamente que as mãos dele passassem por todo seu corpo, que seus lábios percorressem seu pescoço, e que os outros, que outrora estavam em volta dela aos poucos se afastassem e procurassem uma outra roda para tentar a sorte.
Eu?
Eu terminei minha bebida e ainda um pouco impressionado com o acontecido, chamei meus amigos e decidi ir embora.
Sei que este texto é pouco convencional, e até contraditório, pois os meus amigos que me conhecem a mais tempo sabem que já estive em uma rodinha dessas tentando a sorte por várias vezes, algumas delas tirei a “sorte grande” outras nem tanto. Acho que o que mais me impressiona nisso tudo é que avaliando a situação e o meu passado e falando de AMOR que é a finalidade desse blog devo admitir que amor de verdade não foi em um desses lugares que encontrei.
Sei que este texto (como vários outros) vai causar polêmica, portanto gostaria de deixar claro aqui que esta foi uma sensação pessoal, um sentimento meu, e não um julgamento ou uma crítica sobre as atitudes das pessoas.
Cada pessoa encontra a felicidade em um lugar, alguns em um bom livro, outros em uma pescaria, outros de mãos dadas no cinema, outros assistindo um filme, dormindo de conchinha, tomando um sorvete.........Deixo claro que respeito as atitudes e não tenho a pretensão de criticar nenhuma postura, é apenas um texto que descreve um sentimento.
Abraço a todos e boa noite.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Pessoas

Hoje me sinto especialmente motivado a escrever minhas defeituosas frases que constantemente tento transformar em textos legíveis neste espaço. Os motivos são vários e vou tentar pontuá-los.
Descobri hoje que atingi objetivos maiores do que os imagináveis quando este blog foi inaugurado, a minha pretensão maior era dividir com meus amigos um pouco de sentimento já que razão já é discutida na faculdade de forma bastante satisfatória, porém para minha surpresa descobri hoje que pessoas que eu admiro costumeiramente visitam este espaço e que gostam muito do que lêem aqui. Mais que isso, a fronteira da amizade foi ultrapassada e recebo alguns e-mails de pessoas até então desconhecidas elogiando alguns dos meus poemas.
Bem quero então aproveitar para fazer alguns agradecimentos.
Primeiro ao meu irmãozinho Victor que em um momento de desequilíbrio alcoólico me sugeriu que o fizesse, também quero agradecer a Mel a Ari e a Lê que durante algumas semanas foram as únicas a visitarem este espaço.
Gostaria de fazer também uma homenagem a Kenia, sei que você sempre me incentivou a escrever, quase me obrigou, mas infelizmente nada do que você me disse eu realmente aprendi.......na verdade repeti todos os erros que sempre cometi e até hoje esse don de magoar as pessoas que me amam me persegue, mas ao menos estou escrevendo.
Agradeço também a Erica, pelo grande reencontro que ela armou, contratou os cantores, pediu para que eles cantassem minha musica exatamente na hora que eu estava chegando, falou no meu nome bem na hora que eu atravessava a porta, deve ter dado um trabalhão.........o mais engraçado é que realmente pareceu um reencontro casual. Mas foi tão bem feito que se contar ninguém acredita.
Agradeço ao Oscar também por ver em mim uma pessoa que nem eu mesmo via.
E a Nathy a Deh a Sarinha por me suportarem.
Bem, não disse tudo que gostaria mas vou parando por aqui. A próxima vez que eu efetuar o login espero que seja para deixar algum texto ou poema, seja ele construtivo ou melancólico o importante é que aconteça o que vem acontecendo, que provoque algum tipo de sentimento nas pessoas.
Fiquem bem.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Clareando e compreendendo melhor as questões afetivas!

Entre os dias 10/09 (Hoje) e 22/09, o planeta Vênus estará entrando em contato de forma harmoniosa com o planeta Mercúrio do seu mapa astral, Rodrigo.
A qualidade maior deste período envolve um melhor entendimento no que diz respeito à sua vida afetiva. Neste período, você estará mais consciente de coisas que você precisa melhorar para que as suas relações amorosas se tornem mais proveitosas.
Talvez você venha a receber conselhos, toques, ou mesmo simplesmente tomar consciência das coisas que precisam ser mudadas.
Mas o processo envolve também você receber alguns elogios a respeito de suas melhores qualidades nas relações.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Coisas que aprendi!

Aprendi que as coisas acontecem, o que passou ficou no passado, não existe uma maneira de mudar o que já passou, não adianta se lamentar.
Aprendi que a solução é erguer a cabeça, lutar, preservar suas qualidades e corrigir seus defeitos para assim tornar-se um ser humano melhor.
Aprendi que sentir-se só não é necessáriamente estar só.
Aprendi que o tempo que você perde se lamentando são oportunidades perdidas.
Aprendi que podemos controlar a dor e filtrar nossos sentimentos.
Aprendi que não se pode superar certas coisas, mas pode-se conviver bem com elas, como um pequeno espinho cravado no pé, é uma dor constante mas com o tempo acostuma-se e chega um dia que nem se percebe.
Aprendi que: "Quando um não quer, dois não brigam."
Aprendi que egoísmo, arrogância e orgulho são defeitos corrigiveis.
Aprendi que a noite o som do silêncio é bem alto.
Aprendi que depois de todo temporal sempre vem a calmaria.

E acima de tudo, aprendi que quando você se fecha no seu mundo e não abre a porta, as pessoas não entram.

por mim mesmo.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Vai ser diferente

Hoje eu acordei revolucionário
Querendo mudar minha direção
Tirei a poeira velha do armário
Zerei as contas com a solidão

Cansei de ficar na fila de espera
O mundo a girar na minha janela
Se alguém perguntar onde eu fui, já era
Diz que eu segui minha intuição

Eu tinha um peso na cabeça que o vento levou
Perdi o medo que eu sentia de ser como eu sou

Só quero saber
O que há de novo
Pra quê viver de museu
Eu quero tudo novo
Só quero saber
O que vem pela frente
O que vem depois de amanhã
Vai ser diferente Vai, vai ser diferente
Pode ser o destino........ou não!
Pode ser o caminho que se segue e acaba findando na circularidade já exposta outrora, pode ser o começo ou o fim.
Talvez até por ti deixei a Torre de Marfim, talvez no princípio estava já o meu fim.
Seu pensamento me trouxe......ou não!
Seus olhos brilharam........ou não!
Meu coração acelerou, meu rosto não disfarçou, minhas mãos tremeram.
Talvez você tenha sentido.....ou não!
Eu sou previsível........ou não!

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Frases inacreditáveis

Nathi: “Um minnie”


Deh: “Meus gatos vivem aqui por livre e espontânea vontade”
Cinco minutos depois.
Dhe: “Fecha a porta ou o gato foge”


Eu: “É incrível, você visita alguns asilos onde você encontra idosos que falam três ou quatro línguas.”
Oscar: “Meu pai fala quatro línguas................quando ta bêbado.”

Alex: “Ta me tirando.”

Nathi: “Não me venha com esse papel de amiguinho que eu conheço muito bem seu tipo.”

Deh: “Ou não!”

Oscar: “Xi manow, desencana, essas minha certeza que da um pelado junta.”

Deh: “Chupa essa manga.”

Nathi: “Odeio pessoas felizes.”

Eu: “Se a Monada é a menor partícula da matéria, o Oscarido é uma mini-monada?”

Oscar: “Aqui é o crime certo?”

Deh: “Eu fiz o trabalho, mas inventei as perguntas.”

Alex: “Eu não usei droga, to só no segundo cópo de vinho.”
Deh: “Então já deu né amiguinho?!?!”

Oscar: “A vida é loca manow.”

Nathi: “Toma essa manga.”

Oscar: “Se você tirar a roupa eu deixo você ganhar.”

Sara: “Ai gente eu não vou não.”

E o melhor de todos:

Neto: “Manow to sentindo umas coceiras estranhas.”
Gabriel: “Poutz eu também. Será que é aquele sofá?”
Neto: “Pode ser, dizem que ele está lá a 8 repúblicas........
...........Fiquei sabendo que rolou uma suruba hippie nele, já imaginou?
Aquele monte de hippie sujo e pelado..!?!!!
Gabrile: “E pior. Com seus Malabares.”

A conversa acabou ai e eles continuaram se coçando.

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Solidão

Sou um animal marinho, nadando por entre espinhos com os pés descalços.
Sou um leão sozinho, nessa floresta de concreto e aço.
Buscando um só caminho, sentido falta de carinho, buscando espaço.
A extensão que me adverte em constante conflito com a Monada que me diverte.
Procuro me envolver em meus próprios braços, pergunto como foi meu dia, deito nessa cama vazia.
Faço um café que sai amargo, acendo um cigarro dou um trago, e trago com a fumaça todo tipo de dor que me ameaça a dor da desgraça que só sente quem está só.
A cólera me ataca o corpo, penso por um segundo que poderia estar morto então agradeço pela vida e por minha respiração totalmente sem harmonia com meus pulmões, agradeço por meus dentes intactos apesar de amarelados e por esses olhos semi-abertos sobre essas olheiras cor de uva.
Abro uma garrafa de vinho, sirvo uma taça e bebo sozinho.
Que calor insuportável, o suor que corre sobre meu rosto cheira a álcool e tabaco, a úlcera que me acompanha durante alguns anos se faz presente, meus olhos novamente se enchem de água, lembro com clareza do corpo da namorada. Que jamais tivera.
Essa tosse não me deixa em paz. Tanto faz agora, chove muito lá fora, preciso consertar essa telha, preciso correr para recolher a roupa do varal, preciso fechar a porta e as janelas, preciso superar...........Mas não saio do lugar.
Lá fora, cada pessoa é uma ilha voltada a si, ninguém se preocupa com o que você pensa, ninguém pensa no que você acredita, ninguém acredita no que te faz viver.
Ninguém.

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Nada

Este é um poema vazio.
Versos profundos transcritos de um coração vazio.
Nenhuma lágrima derramei, nenhum sorriso esbocei.
Sua partida não me dói mais, o cheiro podre da sua ausência não me incomoda.
A escuridão deste quarto não me desagrada, e nem me agrada.
Nada.

Não escrevo para a Lua, ela está cheia dos meus versos vazios.
Nem tão pouco a primavera, ou as flores do meu jardim.
Ninguém, nem ao menos um Santo tem pena de mim.
Nem eu.
Melhor assim.

Esforço-me para não fazer sentido, pretendo não rimar.
A noite sobre meus ombros não tem peso.
A brisa que sopra não vem do mar.
A lagrima que escorre pelo meu rosto, e se espatifa no chão.
É um doce mel tão doce que chega a amargar.
Devagar.

Este é um poema vazio.
Escrito por um coração vadio.
Buscando inspiração em silencio.
Buscando silencio na respiração.
Até que ela pare.
Se acabe.
E levemente, me leve ao chão.
Nada mais.
Descanse em paz.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Palavras vazias.

Como acreditar em palavras? Elas são tão vazias.
Apesar de ser a estrutura da humanidade e dirigir nossas vidas de maneira cultural e religiosa, acreditamos que um desconhecido escreveu algo sobre Deus que fundamentalmente é verdadeiro, mas não acreditamos em palavras próximas de pessoas em quem supostamente deveríamos confiar.
Deveríamos dar mais valor a palavra que aos sentidos, nossos sentidos são limitados, os animais tem os sentidos muito mais apurados que os nossos. No entanto existe uma forma de conhecimento, comunicação e demonstração de sentimentos que nos diferencia deles, a palavra.
Portanto, porque não utilizar a palavra como a mais profunda forma de dizer o que realmente se sente?
Porque a palavra pode ser manipulada arbitrariamente, pode ser condenada ao insucesso caso não seja proferida de forma sutil e capaz de agradar aos ouvidos e acalmar um coração.
Os gestos são falhos pois nossos sentidos são limitados, muitas vezes não conseguimos diferenciar o que é sonho do que é real, a palavra não, ela é clara, sutil, rude, perfeita. Palavras jogadas ao vento ainda possuem seu valor, ao menos que seja para não as ouvirmos mais. Porem o que temos de mais concreto que as palavras para expressarmos nossos sentimentos?
Alguém fora do seu estado de espírito pode afirmar com convicção. Gestos, os gestos valem mais que mil palavras. Pois como confiar nos gestos se os mesmos podem ser manipulados, tanto ou mais que as palavras. Os gestos podem ser planejados e executados com uma precisão cirúrgica podem se sinceros em parte, mas existe neles a mesma porcentagem de possibilidade de engano que existe nas palavras. Os olhos, estes não mentem. Então como explicar o olhar inocente de um assassino, o olhar apaixonado de alguém que engana, os olhos cheios de lágrimas que os atores esbanjam em peças teatrais?
Talvez você nunca tenha se perguntado, mas para se firmar na realidade e sentir a sola dos dois pés firmes no chão úmido você precisa ser dogmático, em parte você precisa acreditar em alguma coisa acima de qualquer outra, caso contrario, você passara a eternidade inseguro e com medo de viver e de ser enganado e de ser manipulado.
Mesmo o amor, o mais sublime dos sentimentos não pode ser declarado em simples palavras e ser aceito com total segurança de sua realidade, apesar dele existir e ser intenso.

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Coca-Cola ou Suco?

Felicidade não se explica, momentos felizes sim.
O que é felicidade?
A felicidade é uma volta pelo Pão de Açúcar a procura de ingredientes para a Lasanha, a indecisão entre suco ou Coca-Cola, comprar um bolo de chocolate com recheio de baunilha e não dividir com ninguém.
A felicidade está em não “conseguir” dar o balão em uma avenida movimentada, em matar meia garrafa de pinga para “abrir o apetite”.
Encontrar na rua pessoas que você jamais imaginou que iria encontrar, e pior, reencontrar na casa vizinha a sua fazendo uma fogueira e bebendo um vinho.
Não querer que na noite acabe é estar feliz, conversar até a madrugada assuntos bobos e sem nexo só para ter o prazer de rir depois.
“Feche a porta ou o gato foge”.
Estar feliz é bom, ser feliz é impossível, a felicidade como a tristeza não é uma condição é uma situação, você nunca é triste, você está triste, assim como você nunca é feliz, você está feliz.
Bom, a cada dia vou ficando menos poético e melancólico, (para os que reclamavam dos poemas de alma triste). Mas vou continuar escrevendo, pois segundo Kant escrever é esvaziar a alma para que possamos tornar a preenche-la.
Hoje é um dia lindo, espero que continue assim e que a noite seja melhor.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Rua dos amores, bairro da saudade - apartamento 33.

Rua dos amores, bairro da saudade - apartamento 33.
Não faz sentido para alguns, mas foi onde minha vida começou e terminou.
Foi onde amei de maneira louca e irracional, uma boca linda e sensual, olhos cor de avelã, franja ainda caindo sobre os olhos (como sempre foi), corpo nu no lençol branco.
A trilha sonora da minha vida não tocava, mas os sons que entravam nos meus tímpanos eram mais suaves e melódicos que qualquer sinfonia que jamais ouvi.
Senti medo, frio e calor. Senti prazer felicidade e horror.
O barulho da água me perturbou a cada passo que a banheira se enchia cada vão de luz que saltava aos olhos se esvaía inconscientemente.
“A meia luz, a dois a sós.......” Nada tão intenso quanto aquele momento, tudo com o que eu sonhava era com o parar do tempo, que as cotovias parassem de cantar, que os grilos congelassem, que a lua adormecesse onde estava.
No apartamento 33 morri, foi onde meio alcoolizado dei meu ultimo suspiro, olhando meu rosto cansado, molhado e suado.
Colocando a roupa para ir embora e jamais voltar.
A velha São Paulo é muito fria a noite, seus becos e vielas tortuosas poderiam garantir com total convicção que jamais voltaria ali, e foi o que aconteceu.
Ficou ainda a lembrança do perfume, as palavras de amor que saiam da sua boca baixinho, refletiam no espelho e voltavam para dentro de você.
“Eu sinto sua falta.” – ainda ouvi você dizer. Mas já era tarde demais, eu já havia partido, meu corpo já não tinha mais vida, minha vida já não tinha sentido.
Hoje lembro-me bem do apartamento 33, do barulho da água, do suor no rosto, e de cada pedaço do perfume que jamais sentirei igual, lembro-me tanto que me esqueço do real motivo pelo qual não voltei.
Lembro-me tanto que as vezes até acredito que mereço.
Uma coisa eu não esqueço, não me sai da mente nunca esse endereço.
Rua dos amores, bairro da saudade - apartamento 33.

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Solidão

Quem acredita que o inferno é quente está completamente enganado, o inferno é frio um frio impiedoso que corta a carne como uma lamina bem afiada, um frio que vem de fora para dentro e não há agasalho e nem cobertor que possa impedi-lo. Ao mesmo tempo um frio que vem de dentro para fora, que começa a se formar no estômago e vai escalando a garganta até se transformar em lágrimas.
O inferno não é grande, o inferno é do tamanho de um quarto onde um lado da cama está vazio, é do tamanho de um carro com o banco do passageiro desocupado é do tamanho de um soluço guardado.
O cheiro do inferno tão pouco se assemelha ao cheiro de enxofre que afirmam tomar conta dele, o cheiro real é um perfume doce e familiar, um perfume que insiste em tomar seus pulmões por toda a eternidade e você pode rodar por todo o inferno que este perfume vai estar lá, no travesseiro, nos lençóis, na toalha de banho...
Lá não existem milhões de almas acorrentadas e sofrendo, apenas uma, solitária e única, provando o amargo sabor da solidão em um cálice de vinho doce, e não existe não tomar, é o que há para se beber e se não beber você não morrerá, mas sofrerá com a sede por toda a eternidade.
Quando se está no inferno a comida não tem sabor e arranha sua garganta toda vez que você tenta engolir e é ineficaz tomar alguns goles do cálice que está na mesa para ajudar, pois este está cheio de solidão.
No inferno sua barba cresce de maneira acelerada, seu cabelo nunca está penteado, os quilos que seu corpo perdem são aparentes assim com as olheiras que lhes saltam os olhos, a corrente que prende seu pé é invisível, mas muito eficiente, tanto que você não consegue libertar-se dela, nem ao menos consegue tentar.
Mas a ironia de se estar no inferno é se perguntar o porque de estar lá. Você não é um assassino de crianças, você nunca roubou, respeita os mais velhos, é generoso com os menos favorecidos, você ama ao próximo como a si mesmo e acaba no inferno. Essa busca pela explicação é a corrente invisível que está presa a seus tornozelos.
Estando no inferno se prepare, as musicas que você odiava passam a fazer total sentido e pior penetram sua alma e levam todo o liquido restante em seu corpo na direção dos olhos. Quando menos se espera você é flagrado chorando ouvindo musicas que você considerava brega e que antes não faziam nenhum sentido.
No inferno não existe tempo, os dias passam lentamente cada segundo parece um minuto, cada minuto uma hora e cada hora um dia, as noites então são quase eternas. Dormir é impossível devido ao frio que congela a alma, ao cheiro do perfume a fome ao gosto amargo da solidão na boca.Porém o mais curioso sobre o inferno é que não há porteiro, ninguém vigia você, mas você simplesmente não tem a menor vontade de se levantar e sair dali.
DAR NÃO É FAZER AMOR - "Mas dar é dar demais e ficar vazio."

Dar é dar. Fazer amor é lindo, é sublime, é encantador, é esplêndido. Mas dar é bom pra cacete. Dar é aquela coisa que alguém te puxa os cabelos da nuca...
Te chama de nomes que eu não escreveria...
Não te vira com delicadeza...
Não sente vergonha de ritmos animais. Dar é bom.
Melhor do que dar, só dar por dar.
Dar sem querer casar....Sem querer apresentar pra mãe...Sem querer dar o primeiro abraço no Ano Novo.
Dar porque o cara te esquenta a coluna vertebral...Te amolece o gingado... Te molha o instinto.
Dar porque a vida é estressante e dar relaxa.
Dar porque se você não der para ele hoje, vai dar amanhã, ou depois de amanhã.
Tem pessoas que você vai acabar dando, não tem jeito.
Dar sem esperar ouvir promessas, sem esperar ouvir carinhos, sem esperar ouvir futuro.
Dar é bom, na hora.
Durante um mês.
Para os mais desavisados, talvez anos.

Mas dar é dar demais e ficar vazio.

Dar é não ganhar.
É não ganhar um eu te amo baixinho perdido no meio do escuro. É não ganhar uma mão no ombro quando o caos da cidade parece querer te abduzir.
É não ter alguém pra querer casar, para apresentar pra mãe, pra daro primeiro abraço de Ano Novo e pra falar:'Que que cê acha amor?'. É não ter companhia garantida para viajar.
É não ter para quem ligar quando recebe uma boa notícia.
Dar é não querer dormir encaixadinho...É não ter alguém para ouvir seus dengos...Mas dar é inevitável, dê mesmo, dê sempre, dê muito. Mas dê mais ainda, muito mais do que qualquer coisa, uma chance ao amor.
Esse sim é o maior tesão.
Esse sim relaxa, cura o mau humor, ameniza todas as crises e faz você flutuar.
Experimente ser amado...

(Luís Fernando Veríssimo)


------------- Por Rodrigo:


Não sei se realmente este texto foi escrito por Luís Fernando Veríssimo, não o extraí de nenhum livro, portanto não tenho referencias bibliográficas que provem sua veracidade.
Bem, não tenho muito que comentar sobre o que está escrito, como ouvi ontem de um sábio professor, quando podemos definir com palavras a arte se torna obsoleta.
Bem, o que eu senti quando li esse texto é muito particular e individual, minha conclusão foi influenciada por experiências que eu vivi e por conceitos pré-concebidos que tenho.
Porém o texto está ai, para que cada pessoa leia, reflita e sinta a sua maneira, de forma particular e individual o sentimento que ela provocar.
Quando li esse texto, (isso particularmente), me lembrei das Tiazinhas, Feiticeiras, Mulheres com nome de frutas, Bandidas e Funkeiras.

Bem, eu disse q não daria opinião, mas aqui vai.

Eu acredito que a valorização do Dar e a perda do Fazer Amor entre outros aspectos está diretamente ligada ao sofrimento que o amor provoca, é simples, ninguém em sã consciência quer sofrer, chorar, sentir......Esses sentimentos são incômodos, então a solução é Dar porque onde não há amor não há sofrimento, não existe lagrimas e nem dor.
Bem, eu particularmente faço amor.

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Sentir

Sentir. Há quanto tempo eu não sinto. Às vezes acredito que sinto, mas qual sentimento é esse que não provoca arrepios, não me faz tremer sem frio, não me aquece por fora gelando meu corpo por dentro?
Hora me pego pensando em tudo que se passou, outrora em tudo que não aconteceu, e parece incrível mas fui infinitamente mais feliz vivendo tudo que não aconteceu.
Hoje acordei pensando em você, provavelmente sonhei com você a noite toda, mas dessa vez tive a ousadia de não lembrar.
A graça é que minha vida até então era vida, após te reencontrar percebi que não, simplesmente era um grande espaço vazio entre a ultima vez que te vi e o instante em que te reencontrei, como um livro com várias paginas em branco, como uma vida cinza, em preto e branco, e o engraçado é que eu me julgava feliz, sentia-me feliz e não entendia porque não havia mais em meu coração inspiração para escrever meus defeituosos versos de amor.
Agora tudo é tão claro, a comodidade da minha vida limitava meus sentimentos, sentimentos que hoje retornam com força avassaladora, que nesse inverno frio brotam dentro de mim como em outras primaveras.
E quer saber, sua beleza me assusta, porque não é vazia, vem carregada de sentimentos, de inteligência, vontade, personalidade. Sua beleza me atrai, mas não pela simples beleza e sim pela clareza dos teus olhos.
Quantas noites chorei por estar longe de você, quantas vezes praguejei contra o amor e meu próprio coração, jurei que jamais amaria novamente, jurei que jamais falaria sobre isso, jurei que nunca mais choraria por ninguém. E quer saber?!?! Cumpri minha promessa durante um bom tempo, ao menos enquanto você não voltava, ao menos enquanto eu podia controlar.
Hoje não sei o que pensar nem como agir, as cores que eu aprendi a enxergar parecem opacas, os perfumes com os quais me acostumei são tão indiferentes, as vozes que ao ouvir acalmavam meu coração são apenas sons ecoando no ar.
Tudo que tenho é uma agradável lembrança do que não aconteceu, as flores que não te mandei, às vezes que não te amei, os beijos que não te dei....Lembro perfeitamente das vezes que não caminhamos de mãos dadas e não juramos amor eterno para a Lua. Lembro das vezes que não brigamos e depois não fizemos as pazes, lembro-me dos filmes que não assistimos juntos comendo pipoca sob o edredom, e jamais esquecerei as noites em que não nos amamos, as juras de amor eterno que não trocamos e os sonhos que não sonhamos.
E os filhos que não tivemos, a casa que não compramos o casamento que nunca aconteceu.........Sinto falta de tudo que podia ter sido tão lindo e não aconteceu.