Nathi: “Um minnie”
Deh: “Meus gatos vivem aqui por livre e espontânea vontade”
Cinco minutos depois.
Dhe: “Fecha a porta ou o gato foge”
Eu: “É incrível, você visita alguns asilos onde você encontra idosos que falam três ou quatro línguas.”
Oscar: “Meu pai fala quatro línguas................quando ta bêbado.”
Alex: “Ta me tirando.”
Nathi: “Não me venha com esse papel de amiguinho que eu conheço muito bem seu tipo.”
Deh: “Ou não!”
Oscar: “Xi manow, desencana, essas minha certeza que da um pelado junta.”
Deh: “Chupa essa manga.”
Nathi: “Odeio pessoas felizes.”
Eu: “Se a Monada é a menor partícula da matéria, o Oscarido é uma mini-monada?”
Oscar: “Aqui é o crime certo?”
Deh: “Eu fiz o trabalho, mas inventei as perguntas.”
Alex: “Eu não usei droga, to só no segundo cópo de vinho.”
Deh: “Então já deu né amiguinho?!?!”
Oscar: “A vida é loca manow.”
Nathi: “Toma essa manga.”
Oscar: “Se você tirar a roupa eu deixo você ganhar.”
Sara: “Ai gente eu não vou não.”
E o melhor de todos:
Neto: “Manow to sentindo umas coceiras estranhas.”
Gabriel: “Poutz eu também. Será que é aquele sofá?”
Neto: “Pode ser, dizem que ele está lá a 8 repúblicas........
...........Fiquei sabendo que rolou uma suruba hippie nele, já imaginou?
Aquele monte de hippie sujo e pelado..!?!!!
Gabrile: “E pior. Com seus Malabares.”
A conversa acabou ai e eles continuaram se coçando.
A intenção desse blog é ser uma mistura de temperos filosóficos, de cores imaginarias, culinária de poesias. Sentir a cor, tocar o ar, buscar no impossível o finito de algo que é infinito. Vomitar, demonstrar sua inquietude com o absurdo, indignar-se com as atitudes dos políticos. Embriagar-se de cultura, admirar-se com a imparcialidade e suspensão de juízos. Ter direito de dizer tudo que está na sua cabeça, sem medo de preconceitos.
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quinta-feira, 28 de agosto de 2008
quinta-feira, 21 de agosto de 2008
Solidão
Sou um animal marinho, nadando por entre espinhos com os pés descalços.
Sou um leão sozinho, nessa floresta de concreto e aço.
Buscando um só caminho, sentido falta de carinho, buscando espaço.
A extensão que me adverte em constante conflito com a Monada que me diverte.
Procuro me envolver em meus próprios braços, pergunto como foi meu dia, deito nessa cama vazia.
Faço um café que sai amargo, acendo um cigarro dou um trago, e trago com a fumaça todo tipo de dor que me ameaça a dor da desgraça que só sente quem está só.
A cólera me ataca o corpo, penso por um segundo que poderia estar morto então agradeço pela vida e por minha respiração totalmente sem harmonia com meus pulmões, agradeço por meus dentes intactos apesar de amarelados e por esses olhos semi-abertos sobre essas olheiras cor de uva.
Abro uma garrafa de vinho, sirvo uma taça e bebo sozinho.
Que calor insuportável, o suor que corre sobre meu rosto cheira a álcool e tabaco, a úlcera que me acompanha durante alguns anos se faz presente, meus olhos novamente se enchem de água, lembro com clareza do corpo da namorada. Que jamais tivera.
Essa tosse não me deixa em paz. Tanto faz agora, chove muito lá fora, preciso consertar essa telha, preciso correr para recolher a roupa do varal, preciso fechar a porta e as janelas, preciso superar...........Mas não saio do lugar.
Lá fora, cada pessoa é uma ilha voltada a si, ninguém se preocupa com o que você pensa, ninguém pensa no que você acredita, ninguém acredita no que te faz viver.
Ninguém.
Sou um leão sozinho, nessa floresta de concreto e aço.
Buscando um só caminho, sentido falta de carinho, buscando espaço.
A extensão que me adverte em constante conflito com a Monada que me diverte.
Procuro me envolver em meus próprios braços, pergunto como foi meu dia, deito nessa cama vazia.
Faço um café que sai amargo, acendo um cigarro dou um trago, e trago com a fumaça todo tipo de dor que me ameaça a dor da desgraça que só sente quem está só.
A cólera me ataca o corpo, penso por um segundo que poderia estar morto então agradeço pela vida e por minha respiração totalmente sem harmonia com meus pulmões, agradeço por meus dentes intactos apesar de amarelados e por esses olhos semi-abertos sobre essas olheiras cor de uva.
Abro uma garrafa de vinho, sirvo uma taça e bebo sozinho.
Que calor insuportável, o suor que corre sobre meu rosto cheira a álcool e tabaco, a úlcera que me acompanha durante alguns anos se faz presente, meus olhos novamente se enchem de água, lembro com clareza do corpo da namorada. Que jamais tivera.
Essa tosse não me deixa em paz. Tanto faz agora, chove muito lá fora, preciso consertar essa telha, preciso correr para recolher a roupa do varal, preciso fechar a porta e as janelas, preciso superar...........Mas não saio do lugar.
Lá fora, cada pessoa é uma ilha voltada a si, ninguém se preocupa com o que você pensa, ninguém pensa no que você acredita, ninguém acredita no que te faz viver.
Ninguém.
sexta-feira, 15 de agosto de 2008
Nada
Este é um poema vazio.
Versos profundos transcritos de um coração vazio.
Nenhuma lágrima derramei, nenhum sorriso esbocei.
Sua partida não me dói mais, o cheiro podre da sua ausência não me incomoda.
A escuridão deste quarto não me desagrada, e nem me agrada.
Nada.
Não escrevo para a Lua, ela está cheia dos meus versos vazios.
Nem tão pouco a primavera, ou as flores do meu jardim.
Ninguém, nem ao menos um Santo tem pena de mim.
Nem eu.
Melhor assim.
Esforço-me para não fazer sentido, pretendo não rimar.
A noite sobre meus ombros não tem peso.
A brisa que sopra não vem do mar.
A lagrima que escorre pelo meu rosto, e se espatifa no chão.
É um doce mel tão doce que chega a amargar.
Devagar.
Este é um poema vazio.
Escrito por um coração vadio.
Buscando inspiração em silencio.
Buscando silencio na respiração.
Até que ela pare.
Se acabe.
E levemente, me leve ao chão.
Nada mais.
Descanse em paz.
Versos profundos transcritos de um coração vazio.
Nenhuma lágrima derramei, nenhum sorriso esbocei.
Sua partida não me dói mais, o cheiro podre da sua ausência não me incomoda.
A escuridão deste quarto não me desagrada, e nem me agrada.
Nada.
Não escrevo para a Lua, ela está cheia dos meus versos vazios.
Nem tão pouco a primavera, ou as flores do meu jardim.
Ninguém, nem ao menos um Santo tem pena de mim.
Nem eu.
Melhor assim.
Esforço-me para não fazer sentido, pretendo não rimar.
A noite sobre meus ombros não tem peso.
A brisa que sopra não vem do mar.
A lagrima que escorre pelo meu rosto, e se espatifa no chão.
É um doce mel tão doce que chega a amargar.
Devagar.
Este é um poema vazio.
Escrito por um coração vadio.
Buscando inspiração em silencio.
Buscando silencio na respiração.
Até que ela pare.
Se acabe.
E levemente, me leve ao chão.
Nada mais.
Descanse em paz.
quarta-feira, 13 de agosto de 2008
Palavras vazias.
Como acreditar em palavras? Elas são tão vazias.
Apesar de ser a estrutura da humanidade e dirigir nossas vidas de maneira cultural e religiosa, acreditamos que um desconhecido escreveu algo sobre Deus que fundamentalmente é verdadeiro, mas não acreditamos em palavras próximas de pessoas em quem supostamente deveríamos confiar.
Deveríamos dar mais valor a palavra que aos sentidos, nossos sentidos são limitados, os animais tem os sentidos muito mais apurados que os nossos. No entanto existe uma forma de conhecimento, comunicação e demonstração de sentimentos que nos diferencia deles, a palavra.
Portanto, porque não utilizar a palavra como a mais profunda forma de dizer o que realmente se sente?
Porque a palavra pode ser manipulada arbitrariamente, pode ser condenada ao insucesso caso não seja proferida de forma sutil e capaz de agradar aos ouvidos e acalmar um coração.
Os gestos são falhos pois nossos sentidos são limitados, muitas vezes não conseguimos diferenciar o que é sonho do que é real, a palavra não, ela é clara, sutil, rude, perfeita. Palavras jogadas ao vento ainda possuem seu valor, ao menos que seja para não as ouvirmos mais. Porem o que temos de mais concreto que as palavras para expressarmos nossos sentimentos?
Alguém fora do seu estado de espírito pode afirmar com convicção. Gestos, os gestos valem mais que mil palavras. Pois como confiar nos gestos se os mesmos podem ser manipulados, tanto ou mais que as palavras. Os gestos podem ser planejados e executados com uma precisão cirúrgica podem se sinceros em parte, mas existe neles a mesma porcentagem de possibilidade de engano que existe nas palavras. Os olhos, estes não mentem. Então como explicar o olhar inocente de um assassino, o olhar apaixonado de alguém que engana, os olhos cheios de lágrimas que os atores esbanjam em peças teatrais?
Talvez você nunca tenha se perguntado, mas para se firmar na realidade e sentir a sola dos dois pés firmes no chão úmido você precisa ser dogmático, em parte você precisa acreditar em alguma coisa acima de qualquer outra, caso contrario, você passara a eternidade inseguro e com medo de viver e de ser enganado e de ser manipulado.
Mesmo o amor, o mais sublime dos sentimentos não pode ser declarado em simples palavras e ser aceito com total segurança de sua realidade, apesar dele existir e ser intenso.
Apesar de ser a estrutura da humanidade e dirigir nossas vidas de maneira cultural e religiosa, acreditamos que um desconhecido escreveu algo sobre Deus que fundamentalmente é verdadeiro, mas não acreditamos em palavras próximas de pessoas em quem supostamente deveríamos confiar.
Deveríamos dar mais valor a palavra que aos sentidos, nossos sentidos são limitados, os animais tem os sentidos muito mais apurados que os nossos. No entanto existe uma forma de conhecimento, comunicação e demonstração de sentimentos que nos diferencia deles, a palavra.
Portanto, porque não utilizar a palavra como a mais profunda forma de dizer o que realmente se sente?
Porque a palavra pode ser manipulada arbitrariamente, pode ser condenada ao insucesso caso não seja proferida de forma sutil e capaz de agradar aos ouvidos e acalmar um coração.
Os gestos são falhos pois nossos sentidos são limitados, muitas vezes não conseguimos diferenciar o que é sonho do que é real, a palavra não, ela é clara, sutil, rude, perfeita. Palavras jogadas ao vento ainda possuem seu valor, ao menos que seja para não as ouvirmos mais. Porem o que temos de mais concreto que as palavras para expressarmos nossos sentimentos?
Alguém fora do seu estado de espírito pode afirmar com convicção. Gestos, os gestos valem mais que mil palavras. Pois como confiar nos gestos se os mesmos podem ser manipulados, tanto ou mais que as palavras. Os gestos podem ser planejados e executados com uma precisão cirúrgica podem se sinceros em parte, mas existe neles a mesma porcentagem de possibilidade de engano que existe nas palavras. Os olhos, estes não mentem. Então como explicar o olhar inocente de um assassino, o olhar apaixonado de alguém que engana, os olhos cheios de lágrimas que os atores esbanjam em peças teatrais?
Talvez você nunca tenha se perguntado, mas para se firmar na realidade e sentir a sola dos dois pés firmes no chão úmido você precisa ser dogmático, em parte você precisa acreditar em alguma coisa acima de qualquer outra, caso contrario, você passara a eternidade inseguro e com medo de viver e de ser enganado e de ser manipulado.
Mesmo o amor, o mais sublime dos sentimentos não pode ser declarado em simples palavras e ser aceito com total segurança de sua realidade, apesar dele existir e ser intenso.
terça-feira, 12 de agosto de 2008
Coca-Cola ou Suco?
Felicidade não se explica, momentos felizes sim.
O que é felicidade?
A felicidade é uma volta pelo Pão de Açúcar a procura de ingredientes para a Lasanha, a indecisão entre suco ou Coca-Cola, comprar um bolo de chocolate com recheio de baunilha e não dividir com ninguém.
A felicidade está em não “conseguir” dar o balão em uma avenida movimentada, em matar meia garrafa de pinga para “abrir o apetite”.
Encontrar na rua pessoas que você jamais imaginou que iria encontrar, e pior, reencontrar na casa vizinha a sua fazendo uma fogueira e bebendo um vinho.
Não querer que na noite acabe é estar feliz, conversar até a madrugada assuntos bobos e sem nexo só para ter o prazer de rir depois.
“Feche a porta ou o gato foge”.
Estar feliz é bom, ser feliz é impossível, a felicidade como a tristeza não é uma condição é uma situação, você nunca é triste, você está triste, assim como você nunca é feliz, você está feliz.
Bom, a cada dia vou ficando menos poético e melancólico, (para os que reclamavam dos poemas de alma triste). Mas vou continuar escrevendo, pois segundo Kant escrever é esvaziar a alma para que possamos tornar a preenche-la.
Hoje é um dia lindo, espero que continue assim e que a noite seja melhor.
O que é felicidade?
A felicidade é uma volta pelo Pão de Açúcar a procura de ingredientes para a Lasanha, a indecisão entre suco ou Coca-Cola, comprar um bolo de chocolate com recheio de baunilha e não dividir com ninguém.
A felicidade está em não “conseguir” dar o balão em uma avenida movimentada, em matar meia garrafa de pinga para “abrir o apetite”.
Encontrar na rua pessoas que você jamais imaginou que iria encontrar, e pior, reencontrar na casa vizinha a sua fazendo uma fogueira e bebendo um vinho.
Não querer que na noite acabe é estar feliz, conversar até a madrugada assuntos bobos e sem nexo só para ter o prazer de rir depois.
“Feche a porta ou o gato foge”.
Estar feliz é bom, ser feliz é impossível, a felicidade como a tristeza não é uma condição é uma situação, você nunca é triste, você está triste, assim como você nunca é feliz, você está feliz.
Bom, a cada dia vou ficando menos poético e melancólico, (para os que reclamavam dos poemas de alma triste). Mas vou continuar escrevendo, pois segundo Kant escrever é esvaziar a alma para que possamos tornar a preenche-la.
Hoje é um dia lindo, espero que continue assim e que a noite seja melhor.
segunda-feira, 11 de agosto de 2008
Rua dos amores, bairro da saudade - apartamento 33.
Rua dos amores, bairro da saudade - apartamento 33.
Não faz sentido para alguns, mas foi onde minha vida começou e terminou.
Foi onde amei de maneira louca e irracional, uma boca linda e sensual, olhos cor de avelã, franja ainda caindo sobre os olhos (como sempre foi), corpo nu no lençol branco.
A trilha sonora da minha vida não tocava, mas os sons que entravam nos meus tímpanos eram mais suaves e melódicos que qualquer sinfonia que jamais ouvi.
Senti medo, frio e calor. Senti prazer felicidade e horror.
O barulho da água me perturbou a cada passo que a banheira se enchia cada vão de luz que saltava aos olhos se esvaía inconscientemente.
“A meia luz, a dois a sós.......” Nada tão intenso quanto aquele momento, tudo com o que eu sonhava era com o parar do tempo, que as cotovias parassem de cantar, que os grilos congelassem, que a lua adormecesse onde estava.
No apartamento 33 morri, foi onde meio alcoolizado dei meu ultimo suspiro, olhando meu rosto cansado, molhado e suado.
Colocando a roupa para ir embora e jamais voltar.
A velha São Paulo é muito fria a noite, seus becos e vielas tortuosas poderiam garantir com total convicção que jamais voltaria ali, e foi o que aconteceu.
Ficou ainda a lembrança do perfume, as palavras de amor que saiam da sua boca baixinho, refletiam no espelho e voltavam para dentro de você.
“Eu sinto sua falta.” – ainda ouvi você dizer. Mas já era tarde demais, eu já havia partido, meu corpo já não tinha mais vida, minha vida já não tinha sentido.
Hoje lembro-me bem do apartamento 33, do barulho da água, do suor no rosto, e de cada pedaço do perfume que jamais sentirei igual, lembro-me tanto que me esqueço do real motivo pelo qual não voltei.
Lembro-me tanto que as vezes até acredito que mereço.
Uma coisa eu não esqueço, não me sai da mente nunca esse endereço.
Rua dos amores, bairro da saudade - apartamento 33.
Não faz sentido para alguns, mas foi onde minha vida começou e terminou.
Foi onde amei de maneira louca e irracional, uma boca linda e sensual, olhos cor de avelã, franja ainda caindo sobre os olhos (como sempre foi), corpo nu no lençol branco.
A trilha sonora da minha vida não tocava, mas os sons que entravam nos meus tímpanos eram mais suaves e melódicos que qualquer sinfonia que jamais ouvi.
Senti medo, frio e calor. Senti prazer felicidade e horror.
O barulho da água me perturbou a cada passo que a banheira se enchia cada vão de luz que saltava aos olhos se esvaía inconscientemente.
“A meia luz, a dois a sós.......” Nada tão intenso quanto aquele momento, tudo com o que eu sonhava era com o parar do tempo, que as cotovias parassem de cantar, que os grilos congelassem, que a lua adormecesse onde estava.
No apartamento 33 morri, foi onde meio alcoolizado dei meu ultimo suspiro, olhando meu rosto cansado, molhado e suado.
Colocando a roupa para ir embora e jamais voltar.
A velha São Paulo é muito fria a noite, seus becos e vielas tortuosas poderiam garantir com total convicção que jamais voltaria ali, e foi o que aconteceu.
Ficou ainda a lembrança do perfume, as palavras de amor que saiam da sua boca baixinho, refletiam no espelho e voltavam para dentro de você.
“Eu sinto sua falta.” – ainda ouvi você dizer. Mas já era tarde demais, eu já havia partido, meu corpo já não tinha mais vida, minha vida já não tinha sentido.
Hoje lembro-me bem do apartamento 33, do barulho da água, do suor no rosto, e de cada pedaço do perfume que jamais sentirei igual, lembro-me tanto que me esqueço do real motivo pelo qual não voltei.
Lembro-me tanto que as vezes até acredito que mereço.
Uma coisa eu não esqueço, não me sai da mente nunca esse endereço.
Rua dos amores, bairro da saudade - apartamento 33.
sexta-feira, 8 de agosto de 2008
Solidão
Quem acredita que o inferno é quente está completamente enganado, o inferno é frio um frio impiedoso que corta a carne como uma lamina bem afiada, um frio que vem de fora para dentro e não há agasalho e nem cobertor que possa impedi-lo. Ao mesmo tempo um frio que vem de dentro para fora, que começa a se formar no estômago e vai escalando a garganta até se transformar em lágrimas.
O inferno não é grande, o inferno é do tamanho de um quarto onde um lado da cama está vazio, é do tamanho de um carro com o banco do passageiro desocupado é do tamanho de um soluço guardado.
O cheiro do inferno tão pouco se assemelha ao cheiro de enxofre que afirmam tomar conta dele, o cheiro real é um perfume doce e familiar, um perfume que insiste em tomar seus pulmões por toda a eternidade e você pode rodar por todo o inferno que este perfume vai estar lá, no travesseiro, nos lençóis, na toalha de banho...
Lá não existem milhões de almas acorrentadas e sofrendo, apenas uma, solitária e única, provando o amargo sabor da solidão em um cálice de vinho doce, e não existe não tomar, é o que há para se beber e se não beber você não morrerá, mas sofrerá com a sede por toda a eternidade.
Quando se está no inferno a comida não tem sabor e arranha sua garganta toda vez que você tenta engolir e é ineficaz tomar alguns goles do cálice que está na mesa para ajudar, pois este está cheio de solidão.
No inferno sua barba cresce de maneira acelerada, seu cabelo nunca está penteado, os quilos que seu corpo perdem são aparentes assim com as olheiras que lhes saltam os olhos, a corrente que prende seu pé é invisível, mas muito eficiente, tanto que você não consegue libertar-se dela, nem ao menos consegue tentar.
Mas a ironia de se estar no inferno é se perguntar o porque de estar lá. Você não é um assassino de crianças, você nunca roubou, respeita os mais velhos, é generoso com os menos favorecidos, você ama ao próximo como a si mesmo e acaba no inferno. Essa busca pela explicação é a corrente invisível que está presa a seus tornozelos.
Estando no inferno se prepare, as musicas que você odiava passam a fazer total sentido e pior penetram sua alma e levam todo o liquido restante em seu corpo na direção dos olhos. Quando menos se espera você é flagrado chorando ouvindo musicas que você considerava brega e que antes não faziam nenhum sentido.
No inferno não existe tempo, os dias passam lentamente cada segundo parece um minuto, cada minuto uma hora e cada hora um dia, as noites então são quase eternas. Dormir é impossível devido ao frio que congela a alma, ao cheiro do perfume a fome ao gosto amargo da solidão na boca.Porém o mais curioso sobre o inferno é que não há porteiro, ninguém vigia você, mas você simplesmente não tem a menor vontade de se levantar e sair dali.
O inferno não é grande, o inferno é do tamanho de um quarto onde um lado da cama está vazio, é do tamanho de um carro com o banco do passageiro desocupado é do tamanho de um soluço guardado.
O cheiro do inferno tão pouco se assemelha ao cheiro de enxofre que afirmam tomar conta dele, o cheiro real é um perfume doce e familiar, um perfume que insiste em tomar seus pulmões por toda a eternidade e você pode rodar por todo o inferno que este perfume vai estar lá, no travesseiro, nos lençóis, na toalha de banho...
Lá não existem milhões de almas acorrentadas e sofrendo, apenas uma, solitária e única, provando o amargo sabor da solidão em um cálice de vinho doce, e não existe não tomar, é o que há para se beber e se não beber você não morrerá, mas sofrerá com a sede por toda a eternidade.
Quando se está no inferno a comida não tem sabor e arranha sua garganta toda vez que você tenta engolir e é ineficaz tomar alguns goles do cálice que está na mesa para ajudar, pois este está cheio de solidão.
No inferno sua barba cresce de maneira acelerada, seu cabelo nunca está penteado, os quilos que seu corpo perdem são aparentes assim com as olheiras que lhes saltam os olhos, a corrente que prende seu pé é invisível, mas muito eficiente, tanto que você não consegue libertar-se dela, nem ao menos consegue tentar.
Mas a ironia de se estar no inferno é se perguntar o porque de estar lá. Você não é um assassino de crianças, você nunca roubou, respeita os mais velhos, é generoso com os menos favorecidos, você ama ao próximo como a si mesmo e acaba no inferno. Essa busca pela explicação é a corrente invisível que está presa a seus tornozelos.
Estando no inferno se prepare, as musicas que você odiava passam a fazer total sentido e pior penetram sua alma e levam todo o liquido restante em seu corpo na direção dos olhos. Quando menos se espera você é flagrado chorando ouvindo musicas que você considerava brega e que antes não faziam nenhum sentido.
No inferno não existe tempo, os dias passam lentamente cada segundo parece um minuto, cada minuto uma hora e cada hora um dia, as noites então são quase eternas. Dormir é impossível devido ao frio que congela a alma, ao cheiro do perfume a fome ao gosto amargo da solidão na boca.Porém o mais curioso sobre o inferno é que não há porteiro, ninguém vigia você, mas você simplesmente não tem a menor vontade de se levantar e sair dali.
DAR NÃO É FAZER AMOR - "Mas dar é dar demais e ficar vazio."
Dar é dar. Fazer amor é lindo, é sublime, é encantador, é esplêndido. Mas dar é bom pra cacete. Dar é aquela coisa que alguém te puxa os cabelos da nuca...
Te chama de nomes que eu não escreveria...
Não te vira com delicadeza...
Não sente vergonha de ritmos animais. Dar é bom.
Melhor do que dar, só dar por dar.
Dar sem querer casar....Sem querer apresentar pra mãe...Sem querer dar o primeiro abraço no Ano Novo.
Dar porque o cara te esquenta a coluna vertebral...Te amolece o gingado... Te molha o instinto.
Dar porque a vida é estressante e dar relaxa.
Dar porque se você não der para ele hoje, vai dar amanhã, ou depois de amanhã.
Tem pessoas que você vai acabar dando, não tem jeito.
Dar sem esperar ouvir promessas, sem esperar ouvir carinhos, sem esperar ouvir futuro.
Dar é bom, na hora.
Durante um mês.
Para os mais desavisados, talvez anos.
Mas dar é dar demais e ficar vazio.
Dar é não ganhar.
É não ganhar um eu te amo baixinho perdido no meio do escuro. É não ganhar uma mão no ombro quando o caos da cidade parece querer te abduzir.
É não ter alguém pra querer casar, para apresentar pra mãe, pra daro primeiro abraço de Ano Novo e pra falar:'Que que cê acha amor?'. É não ter companhia garantida para viajar.
É não ter para quem ligar quando recebe uma boa notícia.
Dar é não querer dormir encaixadinho...É não ter alguém para ouvir seus dengos...Mas dar é inevitável, dê mesmo, dê sempre, dê muito. Mas dê mais ainda, muito mais do que qualquer coisa, uma chance ao amor.
Esse sim é o maior tesão.
Esse sim relaxa, cura o mau humor, ameniza todas as crises e faz você flutuar.
Experimente ser amado...
(Luís Fernando Veríssimo)
------------- Por Rodrigo:
Não sei se realmente este texto foi escrito por Luís Fernando Veríssimo, não o extraí de nenhum livro, portanto não tenho referencias bibliográficas que provem sua veracidade.
Bem, não tenho muito que comentar sobre o que está escrito, como ouvi ontem de um sábio professor, quando podemos definir com palavras a arte se torna obsoleta.
Bem, o que eu senti quando li esse texto é muito particular e individual, minha conclusão foi influenciada por experiências que eu vivi e por conceitos pré-concebidos que tenho.
Porém o texto está ai, para que cada pessoa leia, reflita e sinta a sua maneira, de forma particular e individual o sentimento que ela provocar.
Quando li esse texto, (isso particularmente), me lembrei das Tiazinhas, Feiticeiras, Mulheres com nome de frutas, Bandidas e Funkeiras.
Bem, eu disse q não daria opinião, mas aqui vai.
Eu acredito que a valorização do Dar e a perda do Fazer Amor entre outros aspectos está diretamente ligada ao sofrimento que o amor provoca, é simples, ninguém em sã consciência quer sofrer, chorar, sentir......Esses sentimentos são incômodos, então a solução é Dar porque onde não há amor não há sofrimento, não existe lagrimas e nem dor.
Bem, eu particularmente faço amor.
Dar é dar. Fazer amor é lindo, é sublime, é encantador, é esplêndido. Mas dar é bom pra cacete. Dar é aquela coisa que alguém te puxa os cabelos da nuca...
Te chama de nomes que eu não escreveria...
Não te vira com delicadeza...
Não sente vergonha de ritmos animais. Dar é bom.
Melhor do que dar, só dar por dar.
Dar sem querer casar....Sem querer apresentar pra mãe...Sem querer dar o primeiro abraço no Ano Novo.
Dar porque o cara te esquenta a coluna vertebral...Te amolece o gingado... Te molha o instinto.
Dar porque a vida é estressante e dar relaxa.
Dar porque se você não der para ele hoje, vai dar amanhã, ou depois de amanhã.
Tem pessoas que você vai acabar dando, não tem jeito.
Dar sem esperar ouvir promessas, sem esperar ouvir carinhos, sem esperar ouvir futuro.
Dar é bom, na hora.
Durante um mês.
Para os mais desavisados, talvez anos.
Mas dar é dar demais e ficar vazio.
Dar é não ganhar.
É não ganhar um eu te amo baixinho perdido no meio do escuro. É não ganhar uma mão no ombro quando o caos da cidade parece querer te abduzir.
É não ter alguém pra querer casar, para apresentar pra mãe, pra daro primeiro abraço de Ano Novo e pra falar:'Que que cê acha amor?'. É não ter companhia garantida para viajar.
É não ter para quem ligar quando recebe uma boa notícia.
Dar é não querer dormir encaixadinho...É não ter alguém para ouvir seus dengos...Mas dar é inevitável, dê mesmo, dê sempre, dê muito. Mas dê mais ainda, muito mais do que qualquer coisa, uma chance ao amor.
Esse sim é o maior tesão.
Esse sim relaxa, cura o mau humor, ameniza todas as crises e faz você flutuar.
Experimente ser amado...
(Luís Fernando Veríssimo)
------------- Por Rodrigo:
Não sei se realmente este texto foi escrito por Luís Fernando Veríssimo, não o extraí de nenhum livro, portanto não tenho referencias bibliográficas que provem sua veracidade.
Bem, não tenho muito que comentar sobre o que está escrito, como ouvi ontem de um sábio professor, quando podemos definir com palavras a arte se torna obsoleta.
Bem, o que eu senti quando li esse texto é muito particular e individual, minha conclusão foi influenciada por experiências que eu vivi e por conceitos pré-concebidos que tenho.
Porém o texto está ai, para que cada pessoa leia, reflita e sinta a sua maneira, de forma particular e individual o sentimento que ela provocar.
Quando li esse texto, (isso particularmente), me lembrei das Tiazinhas, Feiticeiras, Mulheres com nome de frutas, Bandidas e Funkeiras.
Bem, eu disse q não daria opinião, mas aqui vai.
Eu acredito que a valorização do Dar e a perda do Fazer Amor entre outros aspectos está diretamente ligada ao sofrimento que o amor provoca, é simples, ninguém em sã consciência quer sofrer, chorar, sentir......Esses sentimentos são incômodos, então a solução é Dar porque onde não há amor não há sofrimento, não existe lagrimas e nem dor.
Bem, eu particularmente faço amor.
quinta-feira, 7 de agosto de 2008
Sentir
Sentir. Há quanto tempo eu não sinto. Às vezes acredito que sinto, mas qual sentimento é esse que não provoca arrepios, não me faz tremer sem frio, não me aquece por fora gelando meu corpo por dentro?
Hora me pego pensando em tudo que se passou, outrora em tudo que não aconteceu, e parece incrível mas fui infinitamente mais feliz vivendo tudo que não aconteceu.
Hoje acordei pensando em você, provavelmente sonhei com você a noite toda, mas dessa vez tive a ousadia de não lembrar.
A graça é que minha vida até então era vida, após te reencontrar percebi que não, simplesmente era um grande espaço vazio entre a ultima vez que te vi e o instante em que te reencontrei, como um livro com várias paginas em branco, como uma vida cinza, em preto e branco, e o engraçado é que eu me julgava feliz, sentia-me feliz e não entendia porque não havia mais em meu coração inspiração para escrever meus defeituosos versos de amor.
Agora tudo é tão claro, a comodidade da minha vida limitava meus sentimentos, sentimentos que hoje retornam com força avassaladora, que nesse inverno frio brotam dentro de mim como em outras primaveras.
E quer saber, sua beleza me assusta, porque não é vazia, vem carregada de sentimentos, de inteligência, vontade, personalidade. Sua beleza me atrai, mas não pela simples beleza e sim pela clareza dos teus olhos.
Quantas noites chorei por estar longe de você, quantas vezes praguejei contra o amor e meu próprio coração, jurei que jamais amaria novamente, jurei que jamais falaria sobre isso, jurei que nunca mais choraria por ninguém. E quer saber?!?! Cumpri minha promessa durante um bom tempo, ao menos enquanto você não voltava, ao menos enquanto eu podia controlar.
Hoje não sei o que pensar nem como agir, as cores que eu aprendi a enxergar parecem opacas, os perfumes com os quais me acostumei são tão indiferentes, as vozes que ao ouvir acalmavam meu coração são apenas sons ecoando no ar.
Tudo que tenho é uma agradável lembrança do que não aconteceu, as flores que não te mandei, às vezes que não te amei, os beijos que não te dei....Lembro perfeitamente das vezes que não caminhamos de mãos dadas e não juramos amor eterno para a Lua. Lembro das vezes que não brigamos e depois não fizemos as pazes, lembro-me dos filmes que não assistimos juntos comendo pipoca sob o edredom, e jamais esquecerei as noites em que não nos amamos, as juras de amor eterno que não trocamos e os sonhos que não sonhamos.
E os filhos que não tivemos, a casa que não compramos o casamento que nunca aconteceu.........Sinto falta de tudo que podia ter sido tão lindo e não aconteceu.
Hora me pego pensando em tudo que se passou, outrora em tudo que não aconteceu, e parece incrível mas fui infinitamente mais feliz vivendo tudo que não aconteceu.
Hoje acordei pensando em você, provavelmente sonhei com você a noite toda, mas dessa vez tive a ousadia de não lembrar.
A graça é que minha vida até então era vida, após te reencontrar percebi que não, simplesmente era um grande espaço vazio entre a ultima vez que te vi e o instante em que te reencontrei, como um livro com várias paginas em branco, como uma vida cinza, em preto e branco, e o engraçado é que eu me julgava feliz, sentia-me feliz e não entendia porque não havia mais em meu coração inspiração para escrever meus defeituosos versos de amor.
Agora tudo é tão claro, a comodidade da minha vida limitava meus sentimentos, sentimentos que hoje retornam com força avassaladora, que nesse inverno frio brotam dentro de mim como em outras primaveras.
E quer saber, sua beleza me assusta, porque não é vazia, vem carregada de sentimentos, de inteligência, vontade, personalidade. Sua beleza me atrai, mas não pela simples beleza e sim pela clareza dos teus olhos.
Quantas noites chorei por estar longe de você, quantas vezes praguejei contra o amor e meu próprio coração, jurei que jamais amaria novamente, jurei que jamais falaria sobre isso, jurei que nunca mais choraria por ninguém. E quer saber?!?! Cumpri minha promessa durante um bom tempo, ao menos enquanto você não voltava, ao menos enquanto eu podia controlar.
Hoje não sei o que pensar nem como agir, as cores que eu aprendi a enxergar parecem opacas, os perfumes com os quais me acostumei são tão indiferentes, as vozes que ao ouvir acalmavam meu coração são apenas sons ecoando no ar.
Tudo que tenho é uma agradável lembrança do que não aconteceu, as flores que não te mandei, às vezes que não te amei, os beijos que não te dei....Lembro perfeitamente das vezes que não caminhamos de mãos dadas e não juramos amor eterno para a Lua. Lembro das vezes que não brigamos e depois não fizemos as pazes, lembro-me dos filmes que não assistimos juntos comendo pipoca sob o edredom, e jamais esquecerei as noites em que não nos amamos, as juras de amor eterno que não trocamos e os sonhos que não sonhamos.
E os filhos que não tivemos, a casa que não compramos o casamento que nunca aconteceu.........Sinto falta de tudo que podia ter sido tão lindo e não aconteceu.
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